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terça-feira, maio 10, 2016

A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR

   
A fidelidade de um Obreiro está intimamente ligada primeiramente a Deus, a esposa filhos ao seu trabalho e por fim ao seu Ministério, suas atividades, pastor, obreiros e a igreja.  

Fidelidade: [Do lat. fidelitate.]

Qualidade de fiel; lealdade. Constância, firmeza, nas afeições, nos sentimentos; perseverança. 
Observância rigorosa da verdade; exatidão.


Texto Áureo: “Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, afim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação”.  


Verdade Prática: Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
Expressão de admiração, aprovação, louvor, etc.: Discurso em louvor de alguém; encômio.
Um elogio sincero não exclui a crítica.
Elogio de corpo presente. Elogio feito em presença do elogiado.
Elogio fúnebre. Aquele que se faz em honra de um morto.
“Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.  (Mt. 25: 21).

Leitura Bíblica em Classe: Filipenses 2:19-29.

Elogio de Timóteo e Epafrodito, os mensageiros de Paulo junto aos filipenses.

19- E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
20- Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado;
21- porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus.
22- Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai.
23- De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha provido a meus negócios.
24- Mas confio no Senhor que também eu mesmo, em breve, irei ter convosco.
25- Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades;
26- porquanto tinha muitas saudades de vós todos e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente.
27- E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
28- Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.  29- Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra:
Motivo da Doença Epafrodito.
30- porque, pela obra de Cristo, chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida, para suprir para comigo a falta do vosso serviço.
INTRODUÇÃO
Devido a sua prisão, Paulo estava preocupado com a situação da igreja de Filipos, quanto a sua unidade e a sua comunhão. Paulo chega dizer que se preciso fosse daria a sua própria vida em sacrifício pelos irmãos filipenses.
17. “E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós”. (Fp. 2: 17).
Na impossibilidade de estar entre os irmãos, Paulo resolve mandar os melhores obreiros, homens santos e fiéis com a mesma intenção e amor de Paulo. Timóteo e Epafrodito.
Timóteo 22. O caráter provado de Timóteo (dokimê, "aprovação obtida por meio de teste") era bem conhecido dos filipenses, porque eles já o tinham observado (Atos 16:1- 4) quando serviu a Paulo como Filho ao pai, no (interesse do) evangelho. Timóteo chegaria depois a ser cooperador especial de Paulo. Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador (...). (Rm 16.21).
Epafrodito Obreiro incansável ainda doente dedicou-se a igreja de tal maneira, que quase lhe custou a sua própria vida. (Fp. 2: 30).
I - PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado.
Conforme o vr. 19 - “E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios”.
Entendemos que Paulo estava ansioso por saber como estavam os irmãos filipenses. Paulo já havia demonstrado sua preocupação também em relação aos lobos desagregadores de ovelhas. 29 - “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho”. (At. 20: 29).
2. Paulo, o mentor (mestre, conselheiro) de novos obreiros.
Conforme havíamos dito Paulo conta com dois obreiros espaciais e de confiança para trabalhar com os irmãos filipenses. Comentamos sobre Timóteo e agora Epafrodito era um cooperador de confiança de Paulo por que dava testemunho de lealdade com a sua própria vida pela causa do Evangelho.
Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros. 21- “porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus”.
Por volta do ano 300 D. C., o Imperador romano por nome de Constantino, viu no Cristianismo a possibilidade de sua ascensão e misturou a igreja com o imperialismo político de Roma. Constantino visou primeiramente seus próprios interesses. A Fidelidade de Constantino não estava na obra do Senhor.
Onde estão os nossos sinceros interesses como fiéis obreiros do Senhor? Epafrodito deu sua resposta com a sua própria vida, que quase a perdeu pelo zelo a obra do Senhor.
3 - Paulo, um líder que amava a igreja.
A preocupação e a ação de Paulo pela igreja dos filipenses demonstravam o seu amor por ela. Segundo Elienai Cabral o amor de Paulo, não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio.
A ética me dá o direito de falar, contudo, falo pelo zelo a igreja e não sobre os interesses de alguns obreiros, que estão sendo aliciados (seduzidos) com promessas de cargos e salários, saem da igreja como cooperadores e após a reunião como o presidente tornam-se pastores assalariados.
Obreiros fiéis do Senhor ouçam o que está escrito em Mt. 25: 21 “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. 
Elienai Cabral comenta que: Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor, constituída de pessoas necessitadas, carentes, que desejam serem amadas pelos seus pastores.
Observemos o conselho de Paulo a Timóteo: 1. “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”. (IITm. 2: 1,2)

II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (Fp. 2. 19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo
O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e consequentemente todo o corpo de Cristo.
O objetivo de Paulo era tomar conhecimento a respeito da fé dos irmãos, que exemplo de pastor preocupado com o rebanho do Senhor.
Ao enviar Timóteo Paulo sabia que estava enviando um obreiro leal a Cristo e a ele, por considerá-lo como filho, e que Timóteo faria exatamente o que Paulo faria, Que obreiro de valor, a ponto de Paulo dizer: 20- “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado;” (IITm. 2: 20).
20.  Ninguém! Não uma impetuosa condenação dos seus cooperadores. Mas entre aqueles que estavam ali à disposição não havia ninguém que, como Timóteo, estivesse sinceramente (gnêsios, lit., nascido do matrimônio; portanto, "como um irmão") preocupado pelo bem-estar deles.
2 - O modelo paulino de liderança.
Timóteo, Epafrodito e Tito foram instruídos na Palavra sob a liderança de Paulo, ou seja, os três obreiros foram fiéis a Paulo, aos seus ensinamentos, que repercutiu como benção para a Igreja de Cristo. Hoje pouquíssimos obreiros veem aprender como o seu líder, cada uma se acha pronto. Um pastor não nasce de um dia para o outro é preciso aprender para liderar. Cristo aconselhou seus discípulos dizendo: “Aprendei de mim” (...).
O apóstolo Paulo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela. Por que o comentarista está se referindo ao mesmo assunto?
E Cristo nos exorta dizendo: 28- “bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos”. (Mt. 20: 28).
3- As qualidades de Timóteo (IITm. 2: 20-22).
Timóteo além da sua lealdade a Paulo também era fiel a Igreja de Cristo.
20- “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado;”
Assim como Timóteo todo líder precisa estar preparado para exercer sua liderança com disposição de servir ao Senhor e a sua Igreja.

III. EPAFRODITO UM OBREIRO DEDICADO (Fp. 2: 25-30).

1- Epafrodito, um mensageiro de confiança
O apostolo Paulo o elogia como um grande cooperador e companheiro de combates. E também encarregado de suprir com as ofertas dos filipenses, as despesas de Paulo em sua prisão domiciliar. 25. Epafrodito (encantador) é um dos heróis mais atraentes do N.T. Ele fora encarregado de levar o presente em dinheiro (Fp. 4:18) e de servir Paulo no interesse dos filipenses.

2- Epafrodito, um verdadeiro missionário.
Um obreiro como Epafrodito, vai além do lhe foi mandado, sendo assim ele aproveitou a ocasião para evangelizar as regiões circunvizinhas. Em outras palavras Epafrodito era um autêntico missionário.

3- Paulo envia Epafrodito.

Após Deus ter restabelecido a saúde de Epafrodito, Paulo demonstrou seu amor e o seu carinho à pessoa de Epafrodito. ­- 27- “E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza”.
Devido às condições Morais e espirituais de Epafrodito Paulo o envia aos irmãos filipenses.  - 28- “Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza”.  
Paulo recomenda Epafrodito como um obreiro fiel. - 29- “Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra:”
Motivo da Doença Epafrodito.
30- porque, pela obra de Cristo, chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida, para suprir para comigo a falta do vosso serviço.
Conclusão

A Igreja pertence a Cristo, e nós os obreiros, somos os servidores desta comunidade espalhada pela face da terra. Elienai cita o exemplo de Pedro, mas citamos também o Exemplo de Paulo como líder e os seus companheiros de lutas e combates pela causa de Cristo, Timóteo e Epafrodito, que foram seus fiem cooperadores na igreja de Filipos.

sábado, abril 09, 2016

CAIM ERA DO MALIGNO

Texto Áureo: 11 – “Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros”.
12 – Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas”. (IJo. 3: 11,12)
Verdade Prática: Quem ama de verdade não se deixa dominar nem pela *inveja nem pelo *ódio.
*Inveja: Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio. Sinônimo - Ciúme, competição, concorrência, emulação, rivalidade.

*Ódio: Paixão que impele a causar ou desejar mal a alguém; execração, rancor, raiva, ira.
 Aversão à pessoa, atitude, coisa, etc.; repugnância, antipatia, desprezo, repulsão:

Ovelha (Ovis aries) é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae. Um carneiro é uma ovelha macho e os juvenis são cordeiros, anhos ou borregos.

Leitura Bíblica em Classe:

1- E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão. 2- E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3- E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4- E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. 5- Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6- E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7- Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. 8- E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. 9- E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 10- E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra.

Objetivo Geral: Conscientizar dos perigos de se deixar dominar pela inveja e pelo ódio.

 Objetivos Específicos:
Explicar porque Caim era do maligno;
Compreender porque Deus rejeitou o sacrifício de Caim;
Explicar que ódio e a inveja de Caim o levaram a matar seu irmão.
Professor interagindo com a classe: 3ª Aliança com Noé – Princípio do Governo Humano. Continuação da vida sobre a Terra – (Gn. 9: 1-17).
Marca em Caim: Ninguém pode se quer imaginar, qual seja essa marca.
Casamento de Caim: Casou-se com sua irmã, ou com sua prima, ou com uma das netas de Adão, também pode ser que não casou-se.
 
INTRODUÇÃO
Infelizmente Caim, foi o primeiro homem nascido de mulher, que matou seu próprio irmão Abel, por inveja e ódio. Teve sua vida e sua oferta rejeitada pelo Senhor. Devido ao assassinato de seu irmão, Caim provou que tinha um coração mau e que suas atitudes eram do maligno. Mas ele nasceu bom, conforme testemunhou sua mãe Eva, no dia do seu nascimento. (Gn. 4: 1). Foi suas más ações que fez dele um servo do diabo, a ponto de causar um crime terrível e a partir desse episódio sua vida se tornou uma ruína, e passou a perambular como vagabundo pela vida sem a graça de Deus.
I - CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS.
1. A semente da mulher. 
Quanto ao nascimento de Caim foi uma benção de Deus, porque ao nascer sua mãe disse: “Alcancei do Senhor um varão”. (Gn. 4:1). Na realidade Eva o teve como um presente de Deus, como todos os filhos são dádivas de Deus. Segundo Halley, diz que, Adão e Eva provavelmente foram criados já adultos, Caim, quando assassinou Abel, devia ter uns 129 anos; porque Sete nasceu logo depois. (Gn. 4: 25; 5: 3).   
Infelizmente Caim se deixou levar pelo seu coração enganoso e cometeu tal loucura, tornado-se uma pessoa usada pelo diabo.
2. O agricultor. 
Já na sua idade adulta, ou que tenha começado cedo, Caim tornou-se um homem bem sucedido na agricultura, seguiu o exemplo de seu pai, conforme o Senhor havia ordenado que a terra deveria ser lavrada. (Gn. 1: 26-28), mesmo Deus considerando a terra maldita pelo pecado de Adão, todavia a terra sempre forneceu do seu fruto desde o Jardim do Éden. Embora Caim fosse agricultor, todavia, seus descendentes não demoraram a ocupar-se em várias outras profissões, segundo se vê em (Gn. 4: 22).
3. A apostasia de Caim.
Sem levar em conta seu sucesso profissional como um bom agricultor até ser expulso pela terra a fora. Infelizmente Caim não se voltou a Deus em espírito e em verdade como menciona o Apóstolo João. (Jo. 4: 23). Por esse motivo Deus o sentenciou devido sua apostasia, porque Caim sabia dos cuidados de Deus para com seu pai e isso não lhe adiantou nada.  11- E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. 12. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e *vagabundo serás na terra”. (Gn. 4:11,12). 
*Vagabundo: Que leva uma vida errante; que vagueia; vadio, nômade, Inconstante, volúvel, leviano. Velhaco, pelintra, canalha. De má qualidade; ordinário: Indivíduo desocupado, ocioso, vadio.
II - O CULTO DE CAIM
A Escritura diz que, depois de algum tempo, Caim trouxe uma oferta do fruto da terra, e Abel uma oferta das suas ovelhas.
1. O sacrifício rejeitado.
“Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor”.  (Gn. 4:3).
Não temos como afirmar a sua opção de trabalho no campo, mas pela sua atitude de assassino, não lhe caberia ser pastor de ovelhas, já que Abel foi reconhecido como um tipo humano de Cristo com sua oferta cruenta.
Das duas formas de cultos e ofertas, ambas aceitáveis por Deus. O problema não estava na oferta de Caim, mas no seu coração mau, porque Deus é o Senhor de toda a terra, não tinha porque rejeitar sua oferta do fruto da terra.
Diz a Escritura que Abel também cultuou Deus com sua oferta. “Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta,” (Gn. 4: 4).  “mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante”.  (Gn. 4: 5).  A decepção de Caim foi muito grande que Deus notou na sua fisionomia e Caim foi questionado pelo seu semblante.
No decorrer dos tempos Deus também havia rejeitado algumas ofertas de animais, o que confirma que o fruto da terra não era de fato o problema. “Para que, pois, me vem o incenso de Sabá e a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocaustos não me agradam, nem me são suaves os vossos sacrifícios”. (Jr. 6: 20).
2. A atitude interior reprovada.
É bom atentáramos para o problema interno de Caim, ou seja, o mal dentro do seu coração.mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante”.  (Gn. 4: 5).  A ira de Caim mostrou quão decidido ele estava em agir por conta própria, sem se submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora. Nunca poderemos nos desculpar por ter ofendido alguém dizendo: “Tenho um temperamento agressivo”. Mas a Bíblia diz para sermos manso, prudente e não aborrecer os irmãos. Precisamos considerar a ira como pecado e conscientemente nos submeter à vontade de Deus. Podemos até irar, mas não podemos pecar com ira em nosso coração. É bom atentarmos para as palavras de Paulo: Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”. (ITm. 2: 8).
3. O pecado sempre presente.
Se Caim quisesse teria dominando seu coração, mas a estas alturas o inimigo já o tinha tomado, tanto é que Deus o aconselhou a proceder de forma correta.
“Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar”. (Gn. 4:7). Ou seja, Deus falou para Caim que o pecado “... deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” (NVI).
Quanto ao pecado de Caim, o Apóstolo João diz que:Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas”. (1Jo. 3.12).
“Santo Agostinho, que estava sob a influência da Septuaginta, entendeu a passagem de outra maneira. Caim nos diz ele, deu a Deus boa parte dos seus bens, mas não deu a Ele seu coração (De Civitate Dei, XV, vii). Isto está de acordo com  a causa maior que geralmente desperta a preferência de Deus. A sequência da história nos mostra a disposição do coração de Caim para o mal”. 
O autor da Lição diz algo para se pensar: Arranquemos, pois, as ervas daninhas que Satanás nos lança no íntimo. Em nome do Senhor Jesus seja reprovado estas palavras em nossas vidas, pois o meu coração Satanás não vai lançar nada, se Deus quiser, estas palavras não nos servem.
III - CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
Além do ódio e da inveja, Caim teve o seu coração frio, provavelmente induziu Abel a ir ao campo para depois matá-lo, infelizmente um crime premeditado, ou seja, o seu coração já estava possuído pelo diabo.
1. O crime.
A morte era ainda desconhecida; e foi Abel, o justo, o primeiro a prová-la. Caim era capaz de resistir à tentação, mas não foi, e a história bíblica continua no relato do terrível crime que nasceu do seu ódio e da sua inveja.
“E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou”. (Gn. 4: 8).
Este mau exemplo de Caim pode ser observado na igreja, quanto aos irmãos que nutrem sentimentos perniciosos contra os irmãos a ponto de desejar-lhes algum tipo de mal, ou algo pior.
2. O álibi.
Questionado pelo Senhor onde estaria o seu irmão, Caim respondeu que definitivamente não sabia. Para vingar o sangue de Abel, Deus pronunciou a sentença contra o primeiro homicida. A partir de ser inquirido por Deus sobre onde estava Abel, Deus lhe sentenciou pelo assassinato do seu irmão. É a primeira maldição descarregada sobre um homem.
A pergunta de Deus. 9- “E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão”?
Deus não aceitou seus argumentos. 10. “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra”.
A sentença. 11- “E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão”.
A justiça de Deus aplicada. 12-“Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra”. (Gn. 4:9-12).
O autor da lição diz que temos que ser guardadores dos nossos irmãos, esse é papel nosso ou dos nossos pastores, como autoridade sobre o rebanho que Deus lhe confiou?
3. A marca do crime.
Conforme entendemos, Deus ainda não havia instituído nenhum homem como vingador de sangue e nem a cidade de refúgio. Mas se porventura alguém fosse vingar o sangue de Abel, encontraria em Caim a marca colocada por Deus, que servia como alerta para que ninguém o ferisse. Infelizmente Caim não buscou ao Senhor e saiu andando como fugitivo e vagabundo pela terra, como o Senhor havia dito. 13-Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada”. 14- “Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará”. 15- “O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pós o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse”. 16-“E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden”.
Caim foi vítima do seu próprio ódio, não foi penalizado com a morte, mas a sua dor, rancor e a amargura, provavelmente o acompanhou até o fim dos seus dias, além da marca na testa, também teve a marca do crime em sua alma.
Conclusão
Caim com seu péssimo testemunho nos faz lembrar que temos que viver em santidade, para não agirmos com desrespeito com os nossos irmãos e com o nosso próximo. Abel alcançou bom testemunho de Deus a ponto de ser considerado por Cristo. Já Caim é o símbolo do homem mau, de caráter deformado, de um coração impiedoso, tudo nos leva a crer que seu nome não está no Livro da Vida. A exortação de Deus para nós é: 11- Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros”. 12-“Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas”.
Lembrando que João também mencionou o testemunho dos filhos de Deus e dos filhos do diabo.
10- Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus”. 15-Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele”.
Que Deus nos guarde de todo o mal em nome do Senhor Jesus. Amém!

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
ABEL UM TIPO DE CRISTO.
Algumas considerações sobre Abel, e o seu testemunho de fé, como oferta aceita por Deus. Um tipo humano de Cristo, como também sua oferta, representando um sacrifício ao oferecer uma ovelha, como sacrifício vivo derramando seu sangue, como oferta agradável ao Senhor.
Um Homem de Fé. (Hb. 11:4), “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala”. Abel foi elogiado por sua fé, do que resultou num sacrifício superior. Seu nome figura no início da grande lista dos fiéis, tendo sido ele elogiado pelo próprio Senhor Jesus em (Mt. 23.35a). Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo,...” 
De acordo com o comentário de Champlin. Presume-se que ele obedeceu a alguma ordem específica, acerca do sacrifício, que Caim ignorou, embora isso não seja declarado no Antigo Testamento. Sabe-se, porém, que Abel é mencionado como o primeiro pastor de ovelhas e também foi o primeiro a oferecer um animal dos primogênitos como sacrifício.
Segundo estudos da tipologia bíblica na questão humana, Abel é um tipo de Cristo pela sua vida e pelo seu sacrifício.
Abel foi pastor de ovelhasJesus é o Bom Pastor (Jo. 10: 11).
Abel ofereceu maior sacrifícioJesus ofereceu seu próprio sangue, num maior e mais perfeito Tabernáculo. (Hb. 9: 11, 12).
Abel foi chamado justo (Mt. 23: 35) – Jesus foi e é chamado justo. (At. 3: 14, 15).
Champlin diz que: nos escritos dos Pais da Igreja. Crisóstomo chamou-o de tipo do Cordeiro de Deus, gravemente injustiçado, em vista de sua inocência (dd S/ag/r ii.5).
Agostinho chamou-o de “peregrino”, porquanto foi morto antes de poder residir em qualquer cidade terrena, pelo que aguardava uma cidade celeste, onde pudesse habitar em justiça (De Civitate Dei, xv.1).
Caim, por sua vez, fundou uma cidade terrena e ali habitou em meio à iniquidade.
Irineu observou como Abel mostrou que os justos sofrem às mãos dos ímpios, e como as virtudes dos justos são assim magnificadas (Contra Haeres. iii. 23).
Jesus referiu-se a Abel como o primeiro mártir (Mat. 23.35), Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo,...”  conceito esse que teve prosseguimento na Igreja primitiva.
Evidentemente, Jesus o considerava um personagem histórico. O sangue de Abel é contrastado (oposto), com o sangue de Cristo, em Hebreus 12.24.  E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”.
Que possamos dar graças a Deus, por mais um dia, por mais uma Doutrina da Sua Palavra.
Prof. Me. Expedito Darcy da Silva.


domingo, janeiro 25, 2015

EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO CRISTÃ

Aproximações ao nome
Não haveria evolução se não houvesse educação. Somente através da educação que os conceitos da personalidade são formados. Educar não faz parte somente de um grupo religioso ou formal, a educação interage com a vida. A religião está associada à educação, mas cada uma tem as suas maneiras de expressar seus conceitos de educação. Assim como a política tem seus valores à educação também tem seus valores e ela não pode estar alienada quanto a crenças e valores. Não podemos confundir a fé somada à educação tornando os homens prosélitos ou por doutrinação, seria uma falsa realidade, como confundir a políticidade da educação com a inculturação ideológica.
Quando usamos o qualificativo cristão, queremos colocar de acordo com nossa visão o conceito de educação. Neste caso torna-se um problema sério que só viria distanciar as comunidades cristãs no conceito da missão educativa.
Já por outro lado o papel católico da educação a catequese é uma das formas de expressar o papel de igreja no desempenho do ministério.
As três naturezas da catequese do teólogo católico Floristan, é muito rica pelos seus conteúdos, ele comenta sobre a iniciação na igreja, na evangelização na transmissão de fé aos novos membros, englobando o conceito de fé. Como distinta do ensino religioso escolar que acontece nas relações humanas que tornam mais abrangentes, para Floristan a educação cristã da fé é mais ampla que a simples catequese.
No circulo protestante foi-se firmando o conceito de educação cristã. Segundo Mary Boys, houve de início uma reação racionaria quanto a origem da teologia neortodoxa em relação ao liberalismo teológico, seja pelo seu antiprogressismo pedagógico, destacando a centralidade bíblica na concepção humana. Embora seja comparada com a escola bíblica dominical, existe um forte esforço em resignificar a prática no protestantismo, especialmente na América Latina.
O teólogo metodista Mattias Preiswerk destaca as diferenças entre educação popular e educação cristã, e pode-se conferir as contribuições  e desafios que ambas se fazem mutuamente. A educação cristã é compreendida neste aspecto como mais ampla do que no ambiente eclesial. Ele afirma que ocorre educação cristã com compromisso cristão, ele aproxima a educação cristã da educação popular. Entende que a educação cristã como a práxis dos cristãos  e da diversidade das igrejas nos diferentes campos de educação : Formal (escolar); não formal (educação de adultos e popular) e informal (através do meio social e familiar). Esta definição envolve a educação cristã e sua finalidade numa variedade ideológica, teológica e pedagógica existente em determinados contextos.
Daniel Schipani e Danilo Streck compreendem a educação cristã “na perspectiva do reino de Deus” transcendente ao âmbito da comunidade eclesial. Esta educação não está atrelada ao compromisso restrito a denominação e nem por outros fatores que venham limitá-la. A educação crista na perspectiva do reino de Deus, tendo como base o evangelho, tem condições de mediar e analisar de forma crítica da reflexão e da prática educacional que supera todas as expectativas de uma determinada Igreja ou comunidade local. Este processo está relacionado com a mediação crítica que passa por uma nova relação entra as disciplinas que somam a educação cristã nos âmbitos eclesiais e sociais. Portanto a tarefa formativa da Igreja é de associar seus membros para participarem da vida e dos compromissos da sua comunidade, que não pode ser dissociado da visão e atuação pedagógica dos que professam a fé cristã numa sociedade mais ampla. É um dos objetivos manterem estas duas dimensões interligadas na análise.
Uma prática refletida
Diante da dimensão dialética da práxis da educação cristã, temos que analisá-la como disciplina acadêmica e como pratica educativa. A educação cristã como forma de educar nos diversos segmentos da sociedade, seus vários níveis acadêmicos instrui sobre a conceituação, nos diversos contextos da sociedade eclesial, visando a educação do povo de Deus realizada no segmento de Cristo.
Sendo assim ele se distingue da socialização pelo seu maior ou menor grau de intencionalidade, realizadas nas comunidades eclesiais, nas famílias, num assentamento de colonos ou em outros contextos. Neste sentido Westerhoff afirma que a educação cristã deve ser exercida com esforço no qual a comunidade de fé se propõe a facilitar o estilo de vida cristão por parte das pessoas ou grupos. A educação cristã precisa estabelecer uma mediação entre a oferta salvífica de Deus e as necessidades humanas entre o ensinamento divino e as perguntas existenciais entre as pessoas, entre Deus revelado que se encarna na figura humana que o ser humano não consegue se relacionar com Deus senão por Cristo mediador. E isso não poderá ser fruto do acaso ou da improvisação. Portanto a educação cristã precisa se compreender numa relação dialética, em que a reflexão parte da prática e retorna, onde teoria e prática se influenciam e se criticam mutuamente e onde não ocorre um distanciamento entre teólogo e pedagogo profissional, onde o educador, faz com que as pessoas participem do processo educacional como educadores e educandos.

A Educação Cristã deve ser vista como prática, encontra na Teologia Prática seu lugar de ação com outras ciências humanas e sociais Neste sentido da Teologia Prática que a educação Cristã estabelece o diálogo entre a Teologia e a Pedagogia... 

terça-feira, outubro 28, 2014

A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS

Tiago 2:1-13.
1. Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,
3. e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4. porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
 5. Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
6. Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?
7. Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
 9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10. Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12. Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo. A fé sem obras para nada aproveita.
  PARA REFLETIR E INTERAGIR.
O estado humilde é mais favorável para a paz interior e o crescimento na santidade. Deus daria riquezas e honra deste mundo a todos os crentes se fossem para seu bem, considerando que Ele os têm escolhido para que sejam ricos na fé e os tem feito herdeiros de seu reino, que prometeu conceder a todos os que o amam.
Considere-se com quanta frequência as riquezas conduzem ao vício e à maldade, e quão grandes recriminações se faze, a Deus e à religião por parte de homens ricos, poderosos e grandes no mundo; isso fará que este pecado pareça muito grave e néscio.
A Escritura dá como lei amar ao próximo como a um mesmo. esta lei é uma lei real que vem do Rei de reis; e se os cristãos agem injustamente tornam-se convictos de transgressão pela lei.
Pensar que as nossas boas obras expiarão nossas más obras é algo que claramente nos conduz que buscar outra expiação. Conforme com a aliança de obras, transgredir qualquer mandamento coloca ao homem sob condenação, da qual nenhuma obediência pode livrá-lo, seja passada, presente ou futura. (HENRY, p. 288).
·         Proposição.  
Deus nos chamou para sermos santos, não podemos usar a fé que herdamos de Cristo em acepção de pessoas, temos que ser imparciais, porque o amor de Deus que foi manifestado na igreja não pode ser usado em acepção de pessoas, às vezes nos tornamos perversos devidos nossos procedimentos incorretos diante de Deus, que nos chamou pela sua soberana vocação para que fossemos santos na sua igreja. Esta é uma das razões pela qual não podemos desmerecer ninguém principalmente os pobres que Deus chamou para si. Mesmo com as verdades pregadas na igreja alguns irmãos estavam transgredindo a ordem de Deus por estarem desprezando os pobres em detrimento dos ricos. Deus pela sua lei real nos diz para amarmos o próximo como a nós mesmos. Tiago traça um paralelo com a Lei de Moisés, com o objetivo de conclamar o povo a obediência, mas os irmãos estavam atropelando a lei cumprindo-a parcialmente, convém lembrar que não se trata de colocar a Lei do Antigo Testamento de volta na igreja, mas de qualquer forma é para ser vivida e cumprida na igreja como forma de honrar a Deus, no tocante a ao amor a Deus ao próximo. Sabendo, porém, que Cristo nos chamou a lei da liberdade, morrendo em nosso lugar para perdão dos nossos pecados para que fossemos salvos e livres nEle.
    INTRODUÇÃO
A discriminação contra as pessoas de classe social inferior é vergonhoso e ultrajante, principalmente, quando praticada no âmbito de uma igreja local.
De acordo com o pensamento de Henrique, o Cristianismo nivela todas as pessoas, e o faz inicialmente com a afirmação de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3: 23). Além disso, ele também ordena que amemos o nosso próximo incondicionalmente, independente de sua condição social, econômica, física, etc (Lv. 19: 18; Mt. 22: 39). Interessante que o primeiro versículo do capítulo dois, Tiago aconselha a igreja do Senhor a não fazer acepção de pessoas referindo-se a fé do Senhor, como algo dado a nós como seus servos. Esta fé do Senhor Jesus Cristo precisa ser praticada sem privilegiar alguns e desclassificar outros. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,” (Tg. 2: 2, 3).
Aliás, se hoje há menos discriminação do que houve no passado, isso se deve à influência do Cristianismo na história. Se o Ocidente mantivesse intacta a cultura pagã da Antiguidade, que, por exemplo, discriminava deficientes e pobres, com certeza a acepção de pessoas ainda seria vista hoje como a ordem do dia em vez de uma aberração moral, como realmente é. Henrique. Cristo nos chamou para sermos livres e para sermos livres temos que viver unidos em amor se acepção de pessoas. Perante Deus somos todos iguais
   A FÉ NÃO PODE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS (Tg. 2: 1-4).
1. Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,
3. e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4. porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? (Tg. 2: 1-4).
·         Em Cristo a fé é imparcial.
Podemos notar como é interessante o primeiro versículo do capítulo dois, Tiago aconselha a igreja do Senhor a não fazer acepção de pessoas referindo-se a fé do Senhor, como algo dado a nós como seus servos, para que fosse usada como algo edificante das nossas vidas e dos nossos irmãos. Esta fé do Senhor Jesus Cristo precisa ser praticada sem privilegiar alguns e desclassificar outros por serem pobres ou ricos. Não importando suas características físicas, nacionalidade, gênero, cor, posição social, se possui riquezas ou posição cultural. (cf. Lc. 22: 24: 27; Gl. 3: 28; Cl. 3: 10, 11).
Pedro também concorda que não se deve fazer acepção de pessoas dizendo: “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;” (At. 10: 34).
Lembrando que, Paulo também faz referências ao tratamento destinado aos pobres da igreja de Corinto durante a Ceia do Senhor. (ICo. 11: 17-34). Algo terrível como se a igreja vivesse o paganismo bárbaro.
Quando Tiago fala: “Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória” Cristo a partir da sua morte e ressurreição adquiriu um senhorio especial da humanidade, tendo adquirido a posição da administração divina, ao dizer todo o poder me foi dado tanto na terra como nos céus. Quanto a sua glória significa a sua “majestade de honra absoluta, perfeita, íntima, pessoal de Cristo”.
Esta posição alcançada por Cristo e abraçada por nós pela fé nos nivela com toda a humanidade. “Como arauto do monarca do ignora todas as mesquinhas distinções numa vila oriental, assim o primeiro bispo cristão diante da majestade de seu Soberano (Cristo), considerou insignificante as distinções entre os homens”. (Taylor). “Pensai magnificamente de Cristo” e pensareis com mais democracia concernente aos homens. W.C.T.
Para Davids, quando Tiago se refere: “meus irmãos”, ele na verdade está reconhecendo os destinatários da Epístola, como membros da igreja para que não façam acepção de pessoas. Lembrando que, Deus é imparcial. Quanto ao tratamento nosso, independe de nossa posição ou classe social. “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande e poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;” (Dt. 10: 17). (cf. Lv. 19: 15; Sl. 82: 2; Pv. 6: 35; 18: 5). Mas se olharmos para as pessoas eleitas para algum cargo na igreja, para as pessoas que dirigem os concílios, ou denominações, para sabermos de imediato a respeito das riquezas e ostentações que alguns líderes estão acostumados, e que segundo a opinião de Jesus estes líderes estariam reprovados hoje de acordo com Marcos 10, a reprovação de Tiago ainda tem um grande peso também para os dias de hoje. A igreja deveria ser imparcial, quanto à beleza externa, à riqueza de bens materiais, poder, ou das influências de algumas pessoas que se dizem poderosas, porém vazias de Deus.
De todos os ensinamentos que Cristo nos deixou inclui-se amar ao nosso próximo sem distinção, não se importando quem ele é. Jamais encontraremos na Bíblia que Jesus tenha menosprezado alguém. Ele conversou e se relacionou com todas as pessoas, tanto ricos como pobres eram bem atendidos na sua presença sem distinção. Não havia grupos separados para ouvir seus ensinamentos. Ele curou o servo do rico, como também o filho da viúva. Ele valorizou a mulher adúltera, como a samaritana, assim como o rico e respeitado centurião romano. Jesus nos ensinou que as pessoas valem o que valem independente da sua situação financeira, raça ou cor”. Pinto
Se a fé que temos em Cristo deixar de ser dedicada com amor imparcial consequentemente os crentes estarão sujeitos a sérios riscos de serem reprovados, por que se Deus não usa de parcialidade com ninguém por que devemos ser com o nosso próprio irmão na fé?
·         O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local.
Com toda certeza havia na igreja pastoreada por Tiago forte acepção de pessoas, podemos notar pela forma que ele escreveu aos seus leitores. “Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado”, (Tg. 2: 2, 3).
Quem de nós, não viu ou vê esta sena ocorrer sempre diante dos olhos na congregação?                                                                                                                               
Observe então, quando entrar na igreja, alguém estudado, político ou pessoas influente, pronto seu lugar nos primeiros bancos estará sem dúvida reservado.
O grande missionário Jorge Müller disse que ao ser empossado na igreja, o seu salário dependia das contribuições que entrassem e dos aluguéis dos primeiros bancos da igreja. Ele observou que somente os ricos tinham condições financeiras para alugar os primeiros bancos. Devido à discriminação social Jorge desistiu de cobrar os aluguéis dos bancos, porque os pobres estavam sendo discriminados, agindo assim, igualou todos num mesmo patamar.
Têm pessoas que se acham superiores por possuírem riquezas. Outros se acham inferiores por serem pobres por vergonha da sua pobreza sentem-se desclassificados diante dos ricos. Pinto. Dessa maneira não vivem em união sincera e se distanciam um do outro e consequentemente de  Cristo, distante de um viver em amor e união cristã. Davi expressou seu sentimento de amor uns pelos outros sem distinção. (Sl. 133).
Para nós cristãos verdadeiros, nossas riquezas consistem na fé e no amor que expressam na renuncia e em seguir firmes e fielmente a Jesus. (ICo. 13: 4-7). BEP. Paulo conhecia o amor e a fé as quais está se referindo, pela oportunidade de Jesus tê-lo escolhido com grande honra, como ele bem dizia ser um malfeitor e grande perseguidor da igreja, não merecendo, nem o amor e nem a salvação em Cristo. Paulo fez grandes revoluções no pensamento da igreja, ao dizer: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada uma para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,” (Fp. 2: 3-5).  
De acordo com a explicação de Filho, “a igreja acuada pelo secularismo, de concessões em concessões, o cristianismo se tornou desfigurado, e o que se ouve são muitos rumores e poucas palavras de edificação. Sejamos honestos e falemos a verdade: Olhando para a vindima descolorida que a maior parte dos membros de nossas igrejas leva, alguém se sentirá atraído pela nossa fé”? A voz de Deus, o povo ainda leva a sério, mas quanto às dificuldades da comunicação da boa Palavra de Deus, que diferença faz no meio de tantos barulhos e tantos desamores nos círculos cristãos, Quem considera isto?
·         Não sejamos perversos.
Porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?(Tg. 1: 4).
 Às vezes por descuido nosso, nos fazemos juízes da vida dos outros, ás vezes por vontade própria nós julgamos sem piedade. Discriminamos e também somos discriminados, mas para Deus não deve ser dessa forma. Tiago não está se referindo aos juízes dos tribunais, mas de irmão julgando seu irmão, membro da mesma congregação. Este julgamento discriminatório se fazia a irmãos pobres ou com pouca cultura secular. Temos que entender que julgar é diferente de criticar. A crítica reclama. O juízo condena. Quem condena seu irmão é um crente perverso (muito mau, malvado). Só Deus pode nos julgar de acordo com sua presciência.
Tudo leva a crer que Tiago está mostrando que havia comportamentos pecaminosos no seio da igreja, isto pode ser observado nos vv. 2, 3, os seus motivos pecaminosos. O que está acontecendo como “divisão” que se considera imprópria por estar acontecendo com visitantes da reunião, isto reflete nas atitudes de comportamentos na mente de certos crentes (em heautois “em cada um de vós”). Uma vida cristã coerente com procedimentos corretos advém de um coração e uma mente com a mesma coerência cristã. Provavelmente está na mente de Tiago ao escrever sua Epístola, que Levítico condena a acepção num contexto de julgamento. Levítico 19: 15. “Não fareis injustiça no juízo; não aceitará o pobre, nem rejeitarás o grande; com justiça julgarás o teu próximo”. Isto nos leva a crer que Tiago está se referindo aos irmãos que fazem acepção de pessoas, como sendo “juízes tomados de perversos pensamentos”.
Tais cristãos não somente assumem o papel de juízes; pior que isto, também tomam decisões de acordo com os padrões mundano anticristãos. (Moo).
Tiago condena as atitudes discriminatórias ao dizer que: “fazeis distinção entre vós mesmos”.
Todos em Cristo haviam sido unificados eram um em Cristo. Como Cristo disse em relação ao Pai. “Eu e o Pai somos um”. É nesta unidade que Deus quer que vivamos e Tiago tinha plena consciência de fato. Por que nEle, não há grego nem judeu, nem escravo, nem livre, nem homem nem mulher, mas todos são um, ou, seja, uma única pessoa em Cristo (Gl. 3: 28). A igreja de Tiago estava menosprezando esse fato, devido sua forma carnal de vida, ao fazer distinção entre os irmãos, com vista nas riquezas e nas posições sociais mundanas, renegando o efeito prático da obra de Cristo. Davids.
Filho diz que é oportuno recordarmos Tiago 2: 13: “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia;...” Associemo-lo com Marcos 4: 24, que diz: “Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medis vos medirão a vós, e ainda vos acrescentará”.
Portanto, não sejamos perversos tanto dentro da igreja como fora dela, discriminando nossos irmãos como se fossemos os melhores, isto não quer dizer que quem se esforça e sabe um pouquinho mais venha se rebaixar ao nível zero. Não é isso que Tiago estava se referindo e sim ao tratamento discriminatório por parte de alguns irmãos em relação aos outros.
  DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS DO MUNDO (Tg. 2: 5-7).
Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? (Tg. 2: 5-7).
A soberana escolha de Deus.
Tiago faz uma pergunta direta para seus amados irmãos: “Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?” (v. 5). Podemos observar de acordo com a Bíblia que os pobres “ricos em fé” têm certa facilidade para crer no Senhor. “A ênfase de Tiago agora é sobre a soberana escolha de Deus (Tg. 2: 5-7). A salvação não está baseada em mérito humano nem mesmo em nossas obras. A salvação não é comprada nem merecida (Ef 1: 4-7; 2: 8-10). Deus ignora diferenças nacionais (salvou Cornélio). Ele ignora diferenças raciais, culturais e sociais (salva senhores e escravos: Filemom e Onésimo)”. (Lopes).
A diferença é que os pobres não são apegados aos bens deste mundo, quando se decidem por seguir a Cristo. Para Tiago dá a entender que: “Eles têm mais interesse no Reino que os ricos, cujo reino muitas vezes é deste mundo”. Jesus ensinou na Parábola do Semeador que as sementes que caíram entre espinhos são os que ouvem. Mas ao seguirem seu caminho têm dificuldades por causa das riquezas: “e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;” (Lc. 8: 14).
Não significa que todos os ricos são assim. Certa vez, no meu trabalho indaguei meu chefe homem muito rico, sobre meu salário, que tinha uns centavos.
–  Perguntei por que o senhor não arredonda para um real essa diferença? A resposta dele foi que no final do ano a empresa teria uma perda de uns dez reais, se ele arredondasse meu salário. Pode ser este tipo de crente rico e miserável que Tiago estava se referindo, mesmo sendo escolhidos por Deus além de fazer acepção dos pobres ainda eram mesquinhos (mísero) e avarentos (apegado ao dinheiro).
A chamada é de Deus, mas nós devemos nos comportar como se fossemos iguais aos outros, desapegados dos bens materiais sem se desfazer deles, somente tirá-los do coração.
Portanto, é bem verdade que Deus pela sua soberana vocação, tenha escolhido alguns ricos para salvá-los por meio do seu Evangelho, outros, porém rejeitaram o dom da salvação, por exemplo, o jovem rico. Mas a ênfase que Deus se expressou na Epístola de Tiago é algo surpreendente, pela forma que Ele tem escolhido os pobres para o seu Reino. “Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam”?  (Tg. 2: 5). Observa-se que Tiago disse: pobres seria uma forma de preconceito, ou verdade explicita dentro da igreja. Jesus no Sermão do Monte dirigiu-se aos pobres. “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus”. (Lc. 6: 20). Já foi dito anteriormente que esses pobres, não estamos falando de pobres em bens materiais, mas na forma de vida que esses pobres levam com espírito contrito e corações propensos a serem transformados pelo trabalhar do Espírito Santo, ou seja, convertidos de fato.
Deus olha pelos pobres e cuida de todos sem que nada lhes falte, temos algumas exceções que não cabe a nós julgar. “Pois nunca cessará o pobre do meio da terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre na tua terra”. (Dt. 15: 11). Pobreza não é sinal de pecado ou maldição, duro é ser paupérrimo, ou seja, ser rico ter tudo e não ter nada, ou seja, não ter o principal que é Deus como Salvador, nossa riqueza inestimável.
·        A principal razão para não desonrar o pobre.
“Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais”? (Tg. 2: 6).
Temos observado, quanto ao chamado de Deus pelos pobres, mas a igreja dirigida por Tiago não estava sendo coerente, quanto às pessoas que estavam se reunindo para adorar o Senhor. Havia muitas falhas: entre elas estava a desonra aos cristãos pobres em relação aos ricos.
Não estavam levando em conta o lugar sagrado que eles se reuniam para adoração ao Senhor. Segundo Shedd e Bizerra: “a igreja que se posiciona como um clube da alta classe contraria o plano de Deus de humilhar os que almejam intimidade com ele”.
Tiago menciona alguns pecados que eram cometidos pelos ricos: Desprezam os pobres. Arrastam os pobres para os tribunais. Os pobres não tinham acesso a um bom advogado nem bons meios de se defender. Blasfemam o bom nome do Senhor Jesus, que é invocado pelos crentes.
Os ricos estavam fazendo discriminação aos irmãos pobres, que estavam alguns ricos estavam arrastando-os para os tribunais pagãos, o que Deus não aprovava. “Outro motivo porque é inconsistência mostrar favor especial aos ricos é que foram justamente eles que perseguiram os cristãos. Tribunais é uma referência às cortes judias que eram autorizadas e reconhecidas pela lei romana”. Moody. Como era possível a falta de visão desses irmãos ricos ao fazerem tais distinções. Além do mais, como era possível que alguns irmãos pobres ainda estavam compartilhando com os ricos desta situação vergonhosa que a igreja estava enfrentando.
De acordo com a Epístola de Tiago está claro para todos nós o que foi dito por Jesus: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor”.(Lc. 4: 18, 19).
Não somente desprezavam os pobres e oprimiam os cristãos, mas os ricos direcionavam seus ataques contra o próprio Senhor. Blasfemam (gr. blasphemeo) ou falam mal do bom nome que sobre vos, ou seja, os cristãos invocavam. (At. 11: 26). “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. Não é diferente nos dias de hoje, pois, a maioria dos ricos olha para nós com descaso, convém lembrar que Tiago está falando sobre ricos também de fora da igreja, os patrões os grandes fazendeiros que davam trabalho aos irmãos.
Segundo Lopes: “Nossa fé será finalmente provada no dia do juízo (Tg. 2: 12,13). E o que será julgado? Primeiro, nossas palavras: palavras de acepção (Tg. 2: 3), palavras de desprezo (Tg. 2: 6), palavras frívolas (Mt. 12: 36). Segundo, as nossas atitudes também serão julgadas. Quando não usamos de misericórdia com as pessoas, estamos negando nossa fé e atraindo sobre nossa cabeça o juízo de Deus (Tg. 2: 13). Precisamos estar seguros de que praticamos as doutrinas que defendemos. O profeta Jonas tinha uma maravilhosa Teologia, mas ele odiou as pessoas e estava irado com Deus (Jn. 4: 1-11). Sua vida não estava de acordo com sua fé, sua ortodoxia estava em desarmonia com sua conduta.
Por mais que nos esforcemos dificilmente deixaremos de tropeçar nos conselhos de Tiago, mas Deus levará em conta nossa transgressão, por que somos conhecedores da verdade, portanto, precisamos vigiar quanto ao tratamento que dedicamos aos irmãos pobres e também aos ricos precisamos tratá-los com amor e não com desonra por qualquer motivo que seja, precisamos saber como falar e como agir em determinadas situações.
·        Desonraram o Senhor.
Após lembrar a igreja da escolha de Deus em relação aos pobres deste mundo, Tiago exorta os irmãos a reconhecerem o favoritismo que há destro da igreja cristã: “Mas vós desonrastes o pobre”. (Tg. 2: 6). Por outro lado os ricos são recebidos com toda pompa. Tiago diz:
Porventura, não blasfemam eles (os ricos) o bom nome que sobre vós foi invocado”?(Tg. 2: 7).
Desta forma é preciso que seja combatido todo o tipo de favoritismo, temos que ser imparciais em quaisquer circunstâncias. Não podemos amar um e desagradar o outro.
Davids diz que a igreja não tem a perspectiva de Deus: “vos desonrastes o pobre”. No Antigo Testamento Deus condenava o mesmo crime: “quem despreza ao seu companheiro peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado”. (Pv. 14: 21). A igreja que envergonha o pobre de certo modo abandonou a vontade de Deus e deixou de agir em prol de Deus. “Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus,” (ICo. 11: 22).
No Antigo Testamento, podemos observar que Deus convivia com seu povo de igual modo, e era por eles considerado com respeito e adoração, mas, quando tinha seu bom nome blasfemado, o povo era castigado com duras provações. Moo fala que, “agora, Jesus o Messias, ocupa este lugar para os crentes”. Como pessoas que lhe declaram fidelidade, elas levam seu nome – e uma palavra, elas são “cristãs”! “Quanta incongruência há no fato de aqueles que blasfemam o “bom nome” recebam um tratamento preferencial na igreja”! Tiago está se referindo aos tratamentos diferenciados que estavam sendo dispensados a certos irmãos como forma de privilégios.
O pastor Pinto é da seguinte opinião: Não adianta ser um praticante da religião ou ser assíduo e fiel dizimista se a tua relação com as pessoas seja incorreta e não consiga tratar os outros com respeito e amor. Tua religião é vã, porque não estamos fazendo a vontade de Deus, porque nesse caso nós o desonramos com nossas más atitudes em relação aos nossos irmãos pobres.  Tiago disse: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos, porquanto, aquele que disse: ‘não adulterarás’, também ordenou: ‘Não matarás’. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei”. Portanto, desrespeitar o próximo na sua honra pessoal é comparado ao assassinado. Precisamos pensar nisto ao se relacionar com o próximo, pois tua fé será consumada no tratamento igualitário do próximo, caso contrário nós estaremos desonrando a Deus por termos feito acepção com os irmãos menos favorecidos.
 A LEI REAL, A LEI MOSAICA E A LEI DA LIBERDADE.
8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10. Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12. Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo. A fé sem obras para nada aproveita. (Tg. 2: 8-13).
·         A Lei Real.
De acordo com a fala de Tiago podemos observar que ele no v. 8 está se referindo a esta lei real: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis”. Tiago está exortando a igreja que obedeça esta lei, quem fizer ao contrário está transgredindo o que Deus por intermédio de Tiago está dizendo.
Quem ama de verdade seu próximo não pode contradizer com certas atitudes errôneas.
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”. Interessante que Paulo concorda com a mesma opinião de Tiago quanto ao tratamento com o nosso próximo. O Novo Testamento não tem por costume tratar sobre a lei, mas o que Tiago está dizendo tem a ver com os mandamentos do Antigo Testamento, a qual tinha que ser respeitado para que Deus se agradasse do seu povo. Esta vontade foi revelada principalmente nos ensinos de Cristo, que exigiu de seus discípulos uma obediência radical a Deus, condizente com aqueles privilégios de serem “herdeiros do reino” (v. 5). Mas, ao lado de Jesus e Paulo (Rm. 13: 8-10; Gl. 5: 14), Tiago está preocupado em mostrar que a “lei do reino” não substitui a exigência de Deus no Antigo Testamento, mas carrega consigo.
Tiago ao dizer que a lei real deve ser cumprida segundo mandamento do amor, também dessa forma Tiago pretende descrever não o modo pelo qual lei deve ser observada (deve ser observada no amar aos outros), mas a natureza da lei em si – trata-se de uma lei que tem em seu centro a exigência de que o cristão ame o seu próximo. Moo.
Portanto, meus queridos irmãos não se esqueçam do que está escrito na Palavra de Deus que: O primeiro mandamento, amar a Deus com todo o coração, alma, força e entendimento, inclui todas as obrigações impostas por Deus, incluindo guardar o segundo mandamento.
Mas, este sendo difícil de observar, inclui todas as obrigações relacionadas com nosso próximo. Deveríamos por amor a Deus procuramos cumprir esse mandamento na igreja, na família e no mundo. (Shedd; Bizerra).
·         A Lei Mosaica.
O judaísmo ainda era muito forte na época em que Tiago escreveu sua Epístola, com isso a igreja estava passando por algumas dificuldades. Alguns judeus estavam fazendo distinções entre alguns itens relacionados às leis religiosas importantes e menos importantes, de acordo com a visão deles mesmos. Os cristãos estavam convencidos que só estariam cometendo pecado se transgredisse um determinado assunto discriminado na lei de Moisés.
Portanto, o que não estivesse inscrito na lei era passivo realizar tal feito sem contar que isso era pecado, como no caso de fazer acepção de pessoas. Ainda é possível em nosso meio alguém transgredir alguns pontos e ainda dizer que isto está no Antigo Testamento, qual é o problema?
Jesus também é do Antigo Testamento. Precisamos entender que Deus está falando na lei sobre as injustiças cometidas entre seu povo.
E em Levítico é dito: “Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres, nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça”. (Lv. 19: 15). (Shedd; Bizerra).
A lei é encontrada na Escritura, porque Jesus em geral interpretava o Antigo Testamento, em vez de ensinar sem referir-se à revelação anterior. O mandamento específico que Tiago está citando: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Esse era um dos assuntos predileto de Jesus (Ele menciona Levítico 19: 18 seis vezes nos Evangelhos sinóticos) e da igreja (Romanos 13: 19; Gálatas 5: 14. Era um mandamento geralmente visto como resumo da lei de Moisés, mas a razão por que Tiago o menciona pode estar relacionado com a citação no livros de provérbios 14: 21: “O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que se compadece dos humildes (pobres) é bem-aventurado”.  (Davids).
E, em Efésios 6: 9, ele disse: “Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas”. Na própria lei, Deus já tinha deixado isso muito claro para Moisés. Em Deuteronômio 10: 17,18, ele escreveu: “Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno. Ele defende a causa do órfão e da viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e roupa”.
·        A Lei da Liberdade.
Não existe nenhuma lei de liberdade a não ser o Evangelho de Cristo. Não existe nenhuma alternativa para o pecador se tornar livre a não ser por Cristo. Em Cristo ele é liberto de seus pecados, dos preconceitos e de toda a maneira mundana de pensar. “E libertados do pecado, fostes feito servos da justiça”. (Rm. 6: 18).
Se você for verdadeiramente um discípulo de Jesus, com certeza você desfrutará abundantemente dessa liberdade. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres”. (Jo. 8: 36).
Para que eu possa desfrutar desta lei da liberdade, eu preciso seguir a orientação de Tiago que diz: “Assim falai, e assim procedei”. (Tg. 2: 12).
Qualquer irmão pode falar do pecado ou má conduta do seu próximo o que não deveria. Mas, na verdade, é a sua conduta em relação aos outros irmãos que demonstrará se ele é, de fato, um liberto em Cristo ou um pobre escravo do seu próprio pecado. 
A consistência entre o falar e o agir.Tiago termina essa primeira parte do capítulo 2 enfatizando a necessidade de haver consistência entre o falar e o agir na vida do cristão (Tg. 2: 9, 10, 12), lembrando que haverá juízo divino sobre aqueles que não se arrependem, mas vivem um falso Cristianismo (Tg. 2: 11-13), isto é, vivem uma fé cristã de fachada, onde a fé e as obras estão dissociadas. Aliás, o exemplo que ele cita de religião falsa no início do capítulo 2 serve de gancho para que, em seguida, ele trate mais específica e exatamente sobre a relação indissociável entre a fé genuína e as boas obras (Tg. 2: 14-26).
O resumo de Tiago sobre o tema acepção de pessoas é: “Assim falai e assim procedei” (v. 12a). Isto é: “Cristão, viva o que você prega! Se você é mesmo um cristão verdadeiro, então você deve amar o teu próximo como Cristo o fez: independente da condição social, etnia, idade, sexo, condição financeira e status”. Ou seja, tenha um coração como o de Jesus. Ame as pessoas como Deus as ama. Finalmente, do belo texto de Tiago sobre o juízo e a misericórdia no versículo 13, Henry ressalta três lições: “(1) A condenação que será pronunciada sobre os pecadores impenitentes no final vai ser o juízo sem misericórdia...;” “(2) Aqueles que não mostrarem misericórdia agora não encontrarão misericórdia naquele grande dia; mas...”. “(3) Haverá aqueles que se tornarão exemplos do triunfo da misericórdia, em quem a misericórdia rejubila contra o juízo”. Amém! Como disse Jesus, “bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt. 5: 7). Coelho, Alexandre; Daniel, Silas. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. CPAD. p 78-79. Apud. Henrique.
  CONCLUSÃO
Tiago iniciou este capítulo 2 falando sobre a fé de Cristo em acepção de pessoas. O crente tem que se manter imparcial para não levar a culpa sobre si. O amor de Deus está manifestado na igreja de Cristo e cabe a nós conservarmos este amor se distinção de pessoas. Às veze pode socorre em nossas vidas atos de perversidades, como se fosse um ato desumano, por que desprezamos o pobre no seio da igreja.
Deus pela sua graça soberana escolheu ricos e pobres para serem salvos, mas se analisarmos a história da igreja veremos que a maior quantidade de pessoas chamadas é justamente os pobres. Por isso, temos que preservar a nossa intimidade com Deus sem desonrar os pobres e também os ricos. Infelizmente havia dentro da igreja pessoas que estavam com maus procedimentos, com isto estavam desonrando o Senhor, por que os ricos eram bem recebidos enquanto os pobres estavam sendo desprezados.
O princípio da lei real é amar o próximo como a ti mesmo. Mesmo sabendo que era um mandamento do Senhor, alguns não estavam desobedecendo a Palavra do Senhor. Tiago também se referiu a Lei de Moisés, que com base nos Dez Mandamentos tinha que ser observado à risca, mas alguns judeus na igreja estavam escolhendo o que bem lhes favoreciam, mas, Tiago não viu com bons olhos esta ação dos seus irmãos. Cristo nos chamou para a lei da liberdade. O tempo da escravidão do pecado já passou. Só precisamos viver em amor sincero e não apenas com vãs palavras religiosas que até mesmo o vento se encarrega de levar. (Tg. 2: 15-17).
“... Até aqui nos ajudou o Senhor”. (ISm. 7: 12).






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